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Inteligência Artificial ao serviço da gestão energética

A operação AIWATT coloca a Inteligência Artificial ao serviço de uma gestão energética mais inteligente, eficiente e preparada para os desafios do futuro.

19 de Dezembro 2025 | Notícias

A operação AIWATT – Inteligência Artificial @ Plataforma WATT, promovida pela ShortCut e cofinanciada pelo COMPETE 2030, afirma-se como um projeto estratégico de Investigação e Desenvolvimento orientado para a transformação digital do setor energético. A iniciativa procura responder a um contexto de crescente complexidade técnica, regulatória e operacional. 

Como enquadra Valter Henriques, Managing Partner da ShortCut e responsável da operação, “o AIWATT – Inteligência Artificial @ Plataforma WATT é um projeto de Investigação e Desenvolvimento com 24 meses de duração que procura transformar profundamente a forma como organizações públicas e privadas gerem a energia elétrica”, elevando a Plataforma WATT “a um novo patamar de inteligência, autonomia e escalabilidade”. 

A resposta a um setor em rápida transformação 

A Plataforma WATT tem vindo a apoiar a gestão de grandes volumes de contratos, faturas e dados de consumo, mas o atual contexto energético coloca novos desafios. A multiplicação de comercializadores, a diversidade de tarifários e a heterogeneidade dos modelos contratuais exigem soluções capazes de se adaptar continuamente. 

Neste sentido, Valter Henriques sublinha que “a crescente diversidade de comercializadores, estruturas de tarifários, modelos contratuais e fluxos informacionais exige soluções mais flexíveis e adaptativas”, sendo este o ponto de partida para a introdução de capacidades avançadas de Inteligência Artificial no âmbito do AIWATT. 

Capacidades avançadas de Inteligência Artificial 

O AIWATT integra tecnologias de Inteligência Artificial, Machine Learning e Visão Computacional com impacto direto nos processos de gestão energética. Estas capacidades permitem automatizar tarefas críticas, melhorar a qualidade da informação e apoiar decisões mais informadas e atempadas. 

De acordo com Valter Henriques, o projeto permite “detetar anomalias e irregularidades em perfis de consumo e diagramas de carga, reforçando o controlo e a transparência dos custos energéticos”, bem como “interpretar e validar automaticamente faturas, usando tecnologias de NLP, OCR e modelos de Document AI para lidar com a enorme heterogeneidade de formatos e regras”. 

A vertente preditiva assume igualmente um papel central, ao possibilitar “prever consumos e custos futuros, correlacionando variáveis externas (…) e apoiando decisões de contratação”, assim como “recomendar oportunidades de otimização, através de modelos que aprendem com o comportamento agregado de centenas de instalações”. 

O papel estruturante do COMPETE 2030 

O desenvolvimento destas capacidades seria difícil sem o apoio público. Como reconhece Valter Henriques, “o apoio do COMPETE 2030 tem sido absolutamente determinante para viabilizar esta evolução”, permitindo reduzir o risco tecnológico e acelerar a implementação de funcionalidades críticas. 

Este enquadramento traduz-se, nas suas palavras, “num investimento estruturante para a competitividade nacional no domínio da energia e da digitalização”. 

Colaboração académica e impacto científico 

A operação AIWATT distingue-se ainda pela forte ligação à academia, através da parceria com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e com o Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores (LIACC). Esta colaboração assegura rigor científico e validação contínua das soluções desenvolvidas. 

Segundo Valter Henriques, esta parceria “garante rigor metodológico, acesso a conhecimento de ponta em IA, envolvimento de estudantes de mestrado em problemas reais e validação experimental contínua das soluções desenvolvidas”, contribuindo simultaneamente para a formação de profissionais altamente qualificados. 

Uma plataforma preparada para o futuro 

O AIWATT culminará numa Plataforma WATT mais inteligente, adaptável e orientada para a tomada de decisões energeticamente eficientes. Como conclui Valter Henriques, “o resultado final será uma plataforma WATT significativamente mais inteligente, adaptável e preparada para apoiar entidades públicas e privadas na tomada de decisões energeticamente eficientes, promovendo simultaneamente a sustentabilidade, a competitividade e a transição digital”. 

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