O projeto Go Global, promovido pela PortugalFoods, tem como objetivo principal o reforço da competitividade e das capacidades exportadoras das PME do setor agroalimentar português. Este projeto, com um período de execução entre 1 de janeiro de 2023 e 31 de dezembro de 2024, é cofinanciado principalmente pelo COMPETE 2030 e visa apoiar as PME através de um plano concertado de ações de internacionalização, promovendo a prospeção de mercados externos e a criação de novas oportunidades de negócio.
Segundo Deolinda Silva, Diretora Executiva da PortugalFoods, o “Projeto Go Global visa proporcionar ao setor agroalimentar o acesso a mercados diversos e relevantes, através da implementação de um plano de ações de internacionalização estruturado, por forma a responder às necessidades das PME”, fortalecendo assim a posição das empresas portuguesas em mercados internacionais.
A PortugalFoods tem vindo a apoiar a internacionalização do setor desde 2011, com base em diversos estudos estratégicos que delineiam os mercados mais promissores para as exportações portuguesas. O Go Global surge como uma extensão desse trabalho contínuo, como destaca Deolinda Silva: “A PortugalFoods tem desenvolvido um trabalho consistente na promoção externa, apostando numa estratégia que assenta na consolidação de alguns mercados e na prospeção de novas geografias, explorando oportunidades de negócio e capacitando as PME, através da partilha de conhecimento sobre os mercados, e dinamizando ações de promoção e marketing internacional, incluindo ações de marketing digital.”
O plano de ação do Go Global abrange as regiões de Portugal continental e é composto por diversas atividades que visam promover o conhecimento e a presença das PME em mercados internacionais. Entre estas atividades estão feiras internacionais, ações de análise de mercados, elaboração de estratégias de comunicação digital e estudos estratégicos de abordagem aos mercados. Além disso, o projeto inclui missões inversas de potenciais importadores a Portugal, com o objetivo de fomentar o contacto direto entre compradores internacionais e as PME portuguesas, potenciando novas parcerias e oportunidades de exportação.
Existem três categorias principais de mercados a serem trabalhados: mercados de oportunidade, novos mercados de oportunidade e mercados maduros.
Nos mercados de oportunidade, como os EUA, Japão e Coreia do Sul, a presença das exportações agroalimentares portuguesas ainda é limitada. Deolinda Silva sublinha o “trabalho específico que está a ser realizado em mercados prioritários, como os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul, que trará resultados a médio prazo, com o aumento das exportações para estes países”.
Em relação aos novos mercados de oportunidade, explica Deolinda Silva que “o trabalho de prospeção e de recolha de informação está a ser realizado de forma mais consistente em países como a Grécia, a Turquia e os Países Nórdicos”.
Os mercados maduros são aqueles com os quais Portugal já possui uma relação comercial consolidada, mas onde ainda há espaço para crescimento. Estes incluem Espanha, França, Reino Unido, Países Baixos, Alemanha, Suíça. A estratégia para esses mercados foca-se na consolidação da presença já existente, com a realização de campanhas de marketing digital, mostras internacionais de produtos, e o envolvimento de opinion makers na promoção dos produtos portugueses. O objetivo é aumentar a notoriedade dos produtos nacionais nesses países e expandir o alcance das exportações agroalimentares para novos segmentos de mercado.
No âmbito deste projeto, a PortugalFoods introduz também elementos inovadores na abordagem aos mercados, nomeadamente através de ações promocionais de Street Food, que permitirão o contacto direto dos consumidores internacionais com os produtos agroalimentares portugueses em eventos de grande visibilidade. Outra inovação relevante será a aposta na promoção digital, com o envio de cabazes de produtos para bloggers e influencers, com o objetivo de amplificar a visibilidade dos produtos portugueses nas redes sociais e no espaço digital.
O projeto Go Global representa um esforço conjunto para alavancar a internacionalização do setor agroalimentar português, apostando em mercados diversificados e ações inovadoras. Deolinda Silva destaca o papel do COMPETE 2030, afirmando que “o apoio concedido pelo COMPETE 2030 é essencial para que as empresas do setor agroalimentar possam obter conhecimento, melhorar os seus processos de internacionalização, aumentar a sua competitividade, promover Portugal enquanto país fornecedor de excelência e potenciar o aumento das exportações e a base exportadora de PMEs”.
O Apoio do COMPETE 2030
O projeto conta com um investimento elegível 2,5 milhões de euros, dos quais 1,2 milhões de euros são incentivos do FEDER através do COMPETE 2020.
A conserveira mais antiga do mundo em atividade, continua a crescer e inovar. Manuel Ramirez, presidente do conselho de administração, destaca como o COMPETE 2020 tem sido fundamental neste percurso.
Ana Martins, Diretora Industrial do Grupo Celeste, revela como a marca aposta na inovação e sustentabilidade para conquistar mercados e responder às exigências dos consumidores.
Na newsletter semanal do COMPETE 2030, conversámos com o Presidente da Ramirez & Cª (Filhos), SA, sobre a inovação, sustentabilidade e visão que têm mantido na mais antiga conserveira do mundo.