Portugal já está a preparar 2050 com nova visão estratégica para o futuro
Relatório Megatendências 2050 identifica os grandes desafios que vão transformar o país nas próximas décadas e aponta caminhos para agir.
A Economia Azul na União Europeia continua a crescer e a abrir caminho a novas oportunidades de investimento e sustentabilidade.
A Comissão Europeia publicou recentemente a edição de 2025 do seu Relatório sobre a Economia Azul da UE, que confirma que os sectores ligados ao oceano, mares e zonas costeiras estão novamente numa trajetória de crescimento, após as perturbações significativas causadas pela pandemia de COVID-19.
O relatório revela que, em 2022, a economia azul empregava diretamente 4,82 milhões de pessoas e gerou um volume de negócios próximo dos 890 mil milhões de euros, contribuindo com mais de 250 mil milhões de euros em Valor Acrescentado Bruto (VAB) para a economia europeia. As estimativas para 2023 apontam para uma expansão contínua, com o VAB a atingir 263 mil milhões de euros e o emprego a crescer para 4,88 milhões de pessoas.
Entre os sectores analisados, o turismo costeiro destaca-se como o maior contributo, representando 53% do emprego e 33% do VAB da economia azul da UE. Após a forte contração registada em 2020, o sector recuperou totalmente em 2022, confirmando o seu papel central nas atividades económicas marítimas.
O sector da energia eólica offshore continua a ser uma das indústrias de crescimento mais rápido na União Europeia, com um aumento de 42% no VAB face a 2021. Só este sector gerou 5,3 mil milhões de euros em VAB e 4,1 mil milhões de euros em lucros em 2022, refletindo a importância estratégica crescente das energias renováveis na transição energética europeia.
O relatório de 2025 coloca ainda um enfoque especial na transição energética no transporte marítimo e na frota de pesca, bem como nas soluções baseadas na natureza para mitigar os impactos das alterações climáticas nas zonas costeiras. Estas soluções, como a recuperação de zonas húmidas e barreiras naturais, revelam-se altamente rentáveis, com benefícios que superam os custos em mais de 3,5 vezes.
Esta oitava edição do Relatório sobre a Economia Azul da UE alarga também o seu âmbito de análise ao integrar sectores emergentes, como a biotecnologia azul, a dessalinização e as energias oceânicas para além da eólica offshore. Estes sectores oferecem percursos promissores para a inovação, o crescimento económico e a sustentabilidade.