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Setor do Vinho impulsiona economia nacional

Estudo recente destaca a importância do vinho para a economia nacional pela criação de valor e na fixação de população no interior do país.

11 de Março 2025 | Notícias

O mais recente estudo “Setor do Vinho: Avaliação de Impacto Socioeconómico em Portugal”, realizado pela Universidade Nova para a ACIBEV – Associação de Vinhos e Bebidas Espirituosas, destaca a importância crescente do vinho para a economia nacional, tanto pela criação de valor como pela fixação de população no interior do país. 

Segundo o documento, em 2021 o setor do vinho gerou, de forma direta, cerca de 3 mil milhões de euros de atividade económica e criou 43 mil postos de trabalho. Quando analisados todos os impactos diretos e indiretos, esse valor sobe para 10 294 milhões de euros, e um total de 168 832 empregos. Estes números representam aproximadamente 2,68% do PIB português e cerca de 3,4% do total do emprego em Portugal. 

Outro dado de relevo é o crescimento das exportações de vinho em 2022, que atingiram os 941,5 milhões de euros (cerca de 41,3% do valor total da produção direta do setor). Esta performance representa 71,6% das exportações de todo o setor das bebidas, 1,5% do total das exportações nacionais e 0,5% do PIB. 

Para além do papel fundamental no exterior, o estudo sublinha que a fileira vitivinícola tem uma relevância significativa no desenvolvimento das regiões mais interiores. Em 38 concelhos do continente, o peso do vinho no VAB local é superior a 10%, tendência que também se reflete no emprego, com o setor a representar mais de 10% dos postos de trabalho em 43 municípios. 

O enoturismo surge igualmente em destaque como atividade conexa, exercendo impacto na coesão territorial e na diversificação da oferta turística. As quintas, adegas, museus e outros equipamentos ligados ao vinho receberam cerca de 2,87 milhões de visitantes em 2022, gerando uma faturação superior a 90 milhões de euros e garantindo 2 744 postos de trabalho a tempo inteiro. Trata-se de um segmento que promove o turismo em zonas menos concorridas, oferecendo ao visitante uma experiência que combina tradição, inovação e contacto com a natureza. 

A sustentabilidade e a investigação e desenvolvimento (I&D) também têm lugar de destaque nesta avaliação. O setor do vinho, pela sua forte ligação à terra e aos processos naturais, aposta cada vez mais em práticas de viticultura e produção sustentáveis, bem como em projetos de I&D que promovem a biodiversidade e garantem a competitividade futura desta fileira. 

Estes resultados reforçam a ideia de que o vinho é um ativo estratégico para a economia portuguesa, não apenas pelo volume de negócios e pelas exportações, mas também pela coesão territorial, pela afirmação da identidade nacional e pela capacidade de atrair visitantes de todo o mundo. 

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