151 Milhões de Euros para reforçar a Internacionalização das PME
Conheça o novo aviso do COMPETE 2030 que reforça a internacionalização das PME portuguesas com um investimento de 151 milhões de euros.
Conheça a Waste2Catalyst, operação que transforma resíduos industriais em soluções sustentáveis para proteger os recursos hídricos.
No contexto de uma crescente preocupação com os recursos hídricos e a presença de poluentes emergentes nas águas residuais, a Universidade de Aveiro está a desenvolver a operação Waste2Catalyst, um projeto que alia inovação tecnológica à economia circular, com cofinanciamento do COMPETE 2030.
Através da transformação de resíduos industriais em catalisadores sustentáveis, esta operação tem como objetivo melhorar a eficácia dos processos de tratamento de águas residuais, particularmente na remoção de compostos farmacêuticos. “O principal objetivo é o desenvolvimento de catalisadores inovadores e sustentáveis a partir de resíduos industriais, para aplicação em processos de tratamento de águas residuais destinados à remoção de compostos farmacêuticos”, explica Isabel Nunes, docente da Universidade de Aveiro e responsável pela operação.
Estes compostos, muitas vezes resistentes aos métodos convencionais de tratamento nas ETAR, têm efeitos ainda pouco conhecidos, mas potencialmente perigosos para os ecossistemas aquáticos e para a saúde pública. O Waste2Catalyst propõe-se a atuar sobre este problema com recurso a processos de oxidação avançada, reconhecidos pela sua elevada eficiência na degradação de poluentes persistentes.
Uma das inovações do projeto reside na valorização de resíduos como matéria-prima para os catalisadores. “Promove-se simultaneamente a valorização de subprodutos e a redução da pegada ambiental dos processos de tratamento”, destaca Isabel Nunes, sublinhando o papel da simbiose industrial e da circularidade como motores desta investigação.
A operação inclui ainda uma vertente de atuação sobre as lamas biológicas geradas nas estações de tratamento, com vista à sua valorização e possível reutilização segura. Esta abordagem integrada contribui diretamente para a valorização sustentável da água, não apenas pela remoção eficaz de contaminantes, mas também pela gestão responsável dos resíduos produzidos durante o processo.
O Waste2Catalyst está alinhado com vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas: o ODS 6 – Água Potável e Saneamento, ao promover tecnologias que melhoram a qualidade da água; o ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestruturas, ao apostar em soluções tecnológicas sustentáveis; e o ODS 12 – Produção e Consumo Sustentáveis, ao valorizar resíduos industriais e reduzir o consumo de matérias-primas críticas.
“Com o apoio do COMPETE2030, o Waste2Catalyst poderá ter um impacto significativo na proteção ambiental, na saúde pública e na competitividade da indústria nacional, oferecendo soluções tecnológicas sustentáveis com potencial de replicação a nível europeu e global”, conclui Isabel Nunes.
Num momento em que a escassez e a contaminação da água exigem respostas urgentes e eficazes, o Waste2Catalyst surge como um contributo sólido para a valorização sustentável deste recurso essencial.
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