Prémio Inovação em Prevenção
Iniciativa da Ageas Seguros valoriza projetos inovadores na segurança e gestão de risco empresarial. O prazo foi estendido até 9 de março!
A operação Biocoating, promovida pela Isolago Europe e cofinanciada pelo COMPETE 2030, surge como uma resposta inovadora e sustentável ao desafio de substituir plásticos não biodegradáveis por materiais de origem renovável.
A operação BIOCOATING, promovida pela ISOLAGO EUROPE e cofinanciada pelo COMPETE 2030, surge como uma resposta inovadora e sustentável ao desafio de substituir plásticos não biodegradáveis por materiais de origem renovável. Num contexto europeu que incentiva a adoção de soluções ecológicas, esta operação aposta no desenvolvimento de bioplásticos biodegradáveis ativos capazes de proteger embalagens contra a radiação ultravioleta e prolongar a vida útil dos alimentos.
De acordo com Cidália Paula Teixeira, membro da equipa da operação, “O projeto BIOCOATING tem como objetivo o desenvolvimento de bioplásticos biodegradáveis e ativos, com propriedades antioxidantes e de proteção contra radiação ultravioleta, a partir de subprodutos não comestíveis de origem vegetal, especificamente concebidos para o revestimento de embalagens de papel.” A especialista destaca, ainda, a importância da colaboração entre diferentes entidades: “Sob a liderança da ISOLAGO EUROPE, especialista na produção de compostos plásticos, o projeto é desenvolvido em colaboração com a Universidade de Aveiro, que contribui com o know-how laboratorial essencial.”
O grande foco passa pela valorização de subprodutos que, até agora, eram vistos como resíduos. “Subprodutos como lamas ricas em amido, sementes de abacate, pele de prata do café, borras de café e aparas de papel serão utilizados como casos de estudo”, refere Cidália Paula Teixeira.
Na fase inicial, a investigação centra-se na identificação e caracterização das biomoléculas e compostos bioativos de interesse existentes nestes subprodutos, de modo a perceber como podem melhorar as propriedades dos bioplásticos. Em seguida, desenvolvem-se granulados bioplásticos biodegradáveis ativos com desempenho termoplástico, que são depois transformados em filmes para revestir papel, garantindo resistência mecânica, capacidade antioxidante e proteção contra raios UV.
“Este projeto conta com o apoio financeiro do COMPETE 2030, que tem um papel crucial na viabilização e sucesso desta iniciativa. Ao financiar este projeto, o COMPETE 2030 não apenas facilita a sua implementação, acelerando o desenvolvimento e lançamento do novo produto, como também impulsiona a inovação tecnológica e a sustentabilidade, fomentando o desenvolvimento de novos materiais ecológicos. Este apoio reforça o compromisso com a economia circular e com a criação de soluções inovadoras, que atendem às necessidades globais por alternativas mais sustentáveis no setor dos materiais e embalagens”, sublinha Cidália Paula Teixeira.
Do ponto de vista prático, a operação BIOCOATING representa uma alavanca para a economia circular. Ao envolver o setor agroalimentar, a indústria de compostos plásticos e a indústria de manipulação de papel, cria-se um ecossistema colaborativo que reduz o desperdício de recursos e diminui a pegada ambiental.
Graças a este esforço conjunto, espera-se que o revestimento final em papel possa substituir os plásticos não biodegradáveis, nomeadamente em embalagens alimentares de utilização única, contribuindo para uma oferta mais verde e consciente.