O setor do turismo em Portugal registou sinais mistos no início do ano, com crescimentos em algumas áreas e quebras noutras, influenciado também pelo calendário da Páscoa
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou em 15 de maio, os dados da atividade turística em Portugal no primeiro trimestre de 2025, revelando uma evolução moderada face ao mesmo período do ano anterior.
Segundo o relatório, o setor do alojamento turístico registou 5,7 milhões de hóspedes e 13,4 milhões de dormidas, o que representa variações de +2,3% no número de hóspedes e uma ligeira descida de -0,5% nas dormidas, quando comparado com o primeiro trimestre de 2024. Estes resultados surgem após um último trimestre de 2024 bastante positivo, em que as variações tinham sido de +6,6% e +4,6%, respetivamente.
Os mercados internacionais continuaram a representar a maioria da procura turística, com 67,9% das dormidas, embora este seja o valor mais baixo desde o terceiro trimestre de 2022. As dormidas de não residentes totalizaram 9,1 milhões, refletindo uma quebra de -2,3%. Em contraste, as dormidas de residentes portugueses cresceram +3,6%, atingindo 4,3 milhões.
Em termos regionais, a Região Autónoma da Madeira destacou-se como a mais dependente do turismo internacional, com 85,2% das dormidas atribuídas a não residentes, seguida do Algarve, com 81,2%. Por outro lado, o Centro (24,3%) e o Alentejo (31,2%) apresentaram os níveis mais baixos de dependência externa.
A Grande Lisboa manteve-se como o principal destino turístico do país, concentrando 28,3% do total de dormidas, seguida do Algarve (18,6%) e do Norte (18,0%). As dormidas de não residentes estiveram particularmente concentradas na Grande Lisboa, que representou 32,9% do total.
No que diz respeito aos proveitos do setor, os dados do INE apontam para um total de 956,0 milhões de euros, dos quais 699,5 milhões resultaram de proveitos de aposento. Estes números traduzem um crescimento de +4,8% e +4,3%, respetivamente, ainda que inferior aos aumentos registados no último trimestre de 2024 (+11,7% e +12,1%).
O INE destaca ainda que os resultados do primeiro trimestre foram condicionados pela variação do calendário da Páscoa, que este ano se celebrou em abril, enquanto em 2024 decorreu maioritariamente em março, afetando a distribuição temporal das estadias.
O relatório completo está disponível no portal oficial do INE.